segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Paradoxo Wander Wildner



A experiência mais massa que tive, nos últimos tempos, foi ter vivido o Fest Malta 2011. Deixadas de lado algumas questões, pode-se dizer que foi algo incrível, ao menos musicalmente. Um verdadeiro delírio sonoro: Quarto Sensorial, Casa de Orates, Rinoceronte... Para encerrar, o velho Wander! E não é que só agora foi me cair a ficha do paradoxo que presenciei ao vê-lo cantando?
É o seguinte: em boa parte das músicas, o ex-replicante desafina (se é propósito ou não, isso pouco importa). E ali, ao vivo, sua voz parecia bem afinada, ao menos, mais do que em estúdio. Ele pode ter cantado bem, mas não teria desafinado em relação às músicas originais?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

QUERO VER TU CONTINUAR RINDO SE ELE ENFIAR NO TEU CU, SEM LUBRIFICANTE E DE UMA SÓ VEZ...


Eu não deveria me importar com uma merda dessas, mas não pude resistir. Essa imagem é tão ofensiva quanto o título com a qual foi (por mim) rebatizada: machista, rude e grosseiro.

- "Seu grosso!!, disse a dondoca diante do arroto de um ébrio.
- "Grosso, comprido e gostoso, minha senhora", respondeu o bêbado com nítida satisfação...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O SUJEITO FORA DO CENTRO (I)

Fala-se muito sobre o reverso do "cogito" de Descartes. Estudiosos diversos da psique sabem que somos guiados por camadas muito mais profundas e imutáveis que o "Eu" cartesiano. Aliás, esse "Eu" é o produto da ação do Superego e do Id, grosso modo. Não seria lógico essa descoberta nos levar a uma nova concepção acerca da economia das interações humanas, ou mesmo à formulação de uma práxis que a espraie universalmente? Parece-me que houve, na verdade, uma acomodação por parte daqueles que, em tese, deveriam militar por essa nova concepção de humano que aceitaria os animais que nos habitam. Os experts da alma parecem ter ajustado todo esse conhecimento às necessidades de seres que não conseguem entender a diluição das responsabilidades em qualquer evento ou discuro que seja. Nossa angústia nos leva a convicções tapa-buracos, e um bode precisa ser malhado em praça pública. Quase todas as interpretações de destaque na psicanálise ajustam-se à sociedade mundial do senso comum, mesmo dentro daquelas mais tolerantes.
Sei não... a meu ver, a descentração do sujeito (nos dois níveis,de Freud e Foucault), MORREU enquanto prática. Persiste apenas como uma arte travestida de ciência (do contrário, constaria apenas nos arquivos mortos da memória coletiva).

APRESENTAÇÃO

Olá, blogueiros insones (ou não)! Ou devo dizer olá para mim mesmo? Bem, isso realmente não importa. Poder transcrever os expurgos de minha alma já é muito, e contento-me com o ridículo posto de leitor único desta merda de blog. Se há olhos alheios, sintam-se à vontade para fuçar o conteúdo desnecessário que aqui se encontra. E façam o uso que quiserem: as palavras que saírem daqui já terão entrado em um jogo que foge ao controle de qualquer "autor". Citadas ou mencionadas, não serão mais somente minhas.
A ideia é escrever o que me der na telha, mesmo! Pretendo diminuir consideravelmente a carga lamuriosa e intimista de um fiasquento blog anterior. Se for mencionar fatos "verídicos", descontextualizarei trechos constrangedores, hilariantes, etc., bem como a identidade de qualquer pessoa envolvida - na verdade, pretendo escrever contos e poemas, sendo que apenas alguns deles serão  inspirados por fatos (a maioria conservará pouco dos eventos que os fizeram e terão, via de regra, uma abordagem bastante surreal). Memórias e descrições diversas estarão incuídas. Querendo, descreverei o trajeto de uma formiga com uma migalha de pão ou o formato de uma nuvem. Ou registrarei um soco meu desferido contra uma parede ou uma lágrima que rolou contra minha vontade.
Também desejo escrever sobre música, principalmente sobre rock: resenhas (comparativas ou não) e esboços teóricos.
Outro tópico importante serão comentários sobre notícias (não sou jornalista, logo, os comentários serão bastante parciais, obedecendo minha postura ideológica).
E, sobretudo, reflexões sobre os mais variados temas, cujo enfoque será ora ensaístico, ora informacional, ora acadêmico (tentando articular dados e conceitos) - sob a forma de  resenhas, artigos, aforismos ou quaisquer outros meios que venham a calhar.
Cada tópico poderá conter links e imagens, a fim de enriquecer toda essa bosta inútil.
Tais textos não representam porra alguma para a literatura, nem mesmo em seu grau mais chulé. Mas são amargos, sinceros até onde podem ser e são meus. Alguns até serão belos; outros, insólitos e lisérgicos (dependendo do meu humor, também poderão ser medonhamente datúricos).
São um mundo torto. Órbita jamais concluída, embora eu tenha a impressão de sempre estar andando em círculos. Permaneço preso a uma megalomaníaca teia de falhas no grau mais puro, mimetismo de uma esquizofrenia doentia, que implica em uma existência que é cíclica e não.
Melhor explicando: todos os ciclos que jamais conseguirei fechar são os nós de um ciclo inquebrável. Minhas falhas, fantasmas, horrores, culpas, traumas, ódios, medos e sei lá mais o que compõem essa impossibilidade que insiste em ter um corpo físico e psíquico. Creio que minha mente segue por meandros que nenhuma outra segue. Como se eu não  fosse humano.
Posto isso, procurem ler-me fora da lógica que rege nossas vidas. Através desse método desconcertante, certamente será possível ver um certo sentido nessas  linhas tortas que nada tem a ver com um "Deus" ("conceito pelo qual medimos nossa dor"). Aqui, quem escreverá certo por linhas tortas sou eu. Aqui, eu sou a verdade, mesmo que essa seja um queijo suíço derretendo. Ao menos, minhas contradições foram criadas por eventos. As do "Criador", apenas em cima da suposições de eventos. Eis outra característica desse blog: um ateísmo feroz.
Obs.: Visto que meu humor é tão azedo quanto uma lata de pepino resgatada de um navio naufragado da Segunda Guerra, poderei ficar em falta com esse espaço por um bom tempo. Talvez deixe passar temas que renderiam algo, da mesma forma como poderei postar algo MAIS do que desnecessário, inútil mesmo dentro do que parece inútil.
Mas é isso aí! Divirtam-se, emputeçam, tanto faz. E, se possível, não sintam pena: esqueçam que tenho corpo e mente e se atenham apenas ao escrito, como se essa fosse minha única forma de existência.
Obrigado.