terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

APRESENTAÇÃO

Olá, blogueiros insones (ou não)! Ou devo dizer olá para mim mesmo? Bem, isso realmente não importa. Poder transcrever os expurgos de minha alma já é muito, e contento-me com o ridículo posto de leitor único desta merda de blog. Se há olhos alheios, sintam-se à vontade para fuçar o conteúdo desnecessário que aqui se encontra. E façam o uso que quiserem: as palavras que saírem daqui já terão entrado em um jogo que foge ao controle de qualquer "autor". Citadas ou mencionadas, não serão mais somente minhas.
A ideia é escrever o que me der na telha, mesmo! Pretendo diminuir consideravelmente a carga lamuriosa e intimista de um fiasquento blog anterior. Se for mencionar fatos "verídicos", descontextualizarei trechos constrangedores, hilariantes, etc., bem como a identidade de qualquer pessoa envolvida - na verdade, pretendo escrever contos e poemas, sendo que apenas alguns deles serão  inspirados por fatos (a maioria conservará pouco dos eventos que os fizeram e terão, via de regra, uma abordagem bastante surreal). Memórias e descrições diversas estarão incuídas. Querendo, descreverei o trajeto de uma formiga com uma migalha de pão ou o formato de uma nuvem. Ou registrarei um soco meu desferido contra uma parede ou uma lágrima que rolou contra minha vontade.
Também desejo escrever sobre música, principalmente sobre rock: resenhas (comparativas ou não) e esboços teóricos.
Outro tópico importante serão comentários sobre notícias (não sou jornalista, logo, os comentários serão bastante parciais, obedecendo minha postura ideológica).
E, sobretudo, reflexões sobre os mais variados temas, cujo enfoque será ora ensaístico, ora informacional, ora acadêmico (tentando articular dados e conceitos) - sob a forma de  resenhas, artigos, aforismos ou quaisquer outros meios que venham a calhar.
Cada tópico poderá conter links e imagens, a fim de enriquecer toda essa bosta inútil.
Tais textos não representam porra alguma para a literatura, nem mesmo em seu grau mais chulé. Mas são amargos, sinceros até onde podem ser e são meus. Alguns até serão belos; outros, insólitos e lisérgicos (dependendo do meu humor, também poderão ser medonhamente datúricos).
São um mundo torto. Órbita jamais concluída, embora eu tenha a impressão de sempre estar andando em círculos. Permaneço preso a uma megalomaníaca teia de falhas no grau mais puro, mimetismo de uma esquizofrenia doentia, que implica em uma existência que é cíclica e não.
Melhor explicando: todos os ciclos que jamais conseguirei fechar são os nós de um ciclo inquebrável. Minhas falhas, fantasmas, horrores, culpas, traumas, ódios, medos e sei lá mais o que compõem essa impossibilidade que insiste em ter um corpo físico e psíquico. Creio que minha mente segue por meandros que nenhuma outra segue. Como se eu não  fosse humano.
Posto isso, procurem ler-me fora da lógica que rege nossas vidas. Através desse método desconcertante, certamente será possível ver um certo sentido nessas  linhas tortas que nada tem a ver com um "Deus" ("conceito pelo qual medimos nossa dor"). Aqui, quem escreverá certo por linhas tortas sou eu. Aqui, eu sou a verdade, mesmo que essa seja um queijo suíço derretendo. Ao menos, minhas contradições foram criadas por eventos. As do "Criador", apenas em cima da suposições de eventos. Eis outra característica desse blog: um ateísmo feroz.
Obs.: Visto que meu humor é tão azedo quanto uma lata de pepino resgatada de um navio naufragado da Segunda Guerra, poderei ficar em falta com esse espaço por um bom tempo. Talvez deixe passar temas que renderiam algo, da mesma forma como poderei postar algo MAIS do que desnecessário, inútil mesmo dentro do que parece inútil.
Mas é isso aí! Divirtam-se, emputeçam, tanto faz. E, se possível, não sintam pena: esqueçam que tenho corpo e mente e se atenham apenas ao escrito, como se essa fosse minha única forma de existência.
Obrigado.

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